Dia desses,eu estava lendo o poema de Manoel de Barros, lembrei muito minha infância,parte em Minas,parte aqui em Itaperuna mesmo... Coisas como o cemitério de insetos (tão organizado com as cruzes todas feitas de palitos de fósforo, rss), a observação e o infinito cuidado com formigas e seus formigueiros, a felicidade quando encontrava joaninhas e vaga-lumes, os jardins plantados, a paixão por largatas "de fogo" [elas faziam do meu mundo muito mais mágico com suas cores],a observação das árvores, do céu, dos pássaros, etc, etc, etc...
Era um tempo em que eu sabia de tudo. Saudade enorme disso.
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Aprendo com abelhas do que com aeroplanos.
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
É um olhar para o ser menor, para o
insignificante que eu me criei tendo.
O ser que na sociedade é chutado como uma
barata - cresce de importância para o meu olho.
Ainda não entendi por que herdei esse olhar para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades machucadas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão -
Antes que das coisas celestiais.
Pessoas pertencidas de abandono me comovem:
tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.
É um olhar para baixo que eu nasci tendo.
É um olhar para o ser menor, para o
insignificante que eu me criei tendo.
O ser que na sociedade é chutado como uma
barata - cresce de importância para o meu olho.
Ainda não entendi por que herdei esse olhar para baixo.
Sempre imagino que venha de ancestralidades machucadas.
Fui criado no mato e aprendi a gostar das
coisinhas do chão -
Antes que das coisas celestiais.
Pessoas pertencidas de abandono me comovem:
tanto quanto as soberbas coisas ínfimas.
Pote cru é meu pastor...